
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (26), a Operação No Pen No Gain, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado no contrabando e comercialização ilegal de medicamentos importados da Inglaterra e de Dubai. Entre os produtos apreendidos estão canetas utilizadas no tratamento da diabetes, como Ozempic e Mounjaro, que vinham sendo usadas de forma indiscriminada para emagrecimento.
A ação foi realizada nas cidades de São Luís e Imperatriz, no Maranhão, com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares de bloqueio e sequestro de bens, que somam aproximadamente R$ 3 milhões.
De acordo com as investigações, os medicamentos eram repassados de forma ilegal, sem registro ou controle da vigilância sanitária, o que representa um grave risco à saúde da população. Caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão ser responsabilizados por contrabando, formação de organização criminosa e falsificação ou adulteração de produtos com finalidade terapêutica ou medicinal. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) diz que a medicação é segura e já foi utilizada por milhões de pessoas no mundo. O problema estaria com a falsificação e o contrabando do produto.
Retenção da receita médica
Farmácias e drogarias começaram a reter receitas de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras, incluindo Mounjaro e Ozempic. A categoria inclui a semaglutida, a liraglutida, a dulaglutida, a exenatida, a tirzepatida e a lixisenatida. A mudança aconteceu a partir desta segunda-feira (26).
A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.
Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”.
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