Procura por exames de ISTs aumenta em 17% no Piauí, afirma Sesapi

Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realizou mais de 17 mil procedimentos neste ano

Teste de ISTs (Foto: Governo do Piauí)

A procura por exames para identificar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) cresceu 17% no Piauí em 2023, afirma a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

Segundo a Sesapi, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realizou, de janeiro a novembro deste ano, 17.248 exames, contra 14.600 registrados no mesmo período de 2022.

No prédio do CTA, localizado na rua 24 de Janeiro, Centro de Teresina, é possível fazer o teste rápido de detecção do HIV, da sífilis e das hepatites B e C. A unidade abre diariamente das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Além da capital, o CTA também está presente nos municípios de Parnaíba (rua Passajarina, 247, bairro Boa Esperança), Floriano (rua Fernando Marques, 459, Centro) e Oeiras (rua Prof. Rafael Farias, Centro).

Os profissionais da saúde colhem uma gotícula de sangue do dedo dos pacientes e obtêm o resultado em cerca de meia hora. Caso seja positivo, uma equipe de suporte os encaminha rapidamente ao tratamento.

 

A coordenadora estadual do CTA, Cristiana Rocha, explica que as infecções por HIV aumentaram entre a população mais jovem, a qual pertence a uma geração que não conheceu a gravidade dos sintomas da AIDS nas décadas anteriores.

“Há um certo descuido, sim, mas não podemos obrigar as pessoas a utilizarem o preservativo. Nosso intuito não é julgar, mas alertar que os jovens precisam ter consciência de que estão se expondo e devem se proteger. Se decidirem não usar nada, que fiquem cientes das vulnerabilidades”, afirma à TV Clube.

Além do preservativo, há alguns medicamentos anti-HIV, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) – adotada antes de qualquer situação de risco de contágio – e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) – após o possível contato. Estes não impedem, no entanto, a contaminação por outras ISTs.

 

Aos 30 anos, Vavá – hoje com 59 – descobriu que havia contraído a AIDS e chegou a tomar mais de 20 comprimidos diariamente. Conseguiu estabilizar a saúde, mas não esquece de tudo o que passou quando foi diagnosticado com a doença.

“O que mais mata é o preconceito. Primeiro, a família nos abandona; depois, as pessoas de fora. Nem os amigos querem falar com você, isso com certeza piora a doença. Sem falar nas oportunidades de emprego perdidas: na área em que eu trabalhava, como cozinheiro-chefe, não me queriam em nenhum restaurante. É dolorido demais”, lamenta.

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