13 de agosto de 2025

Legista conta detalhes sobre exame de insanidade mental do acusado de envenenar família em Parnaíba

Foram entrevistadas duas enteadas, a companheira de Francisco, Maria dos Aflitos, um irmão, além do próprio acusado.

Eduardo Amorim

Editor
Publicado há 21 horas

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Dr. Nunes e Francisco de Assis Pereira da Costa (Foto: Arquivo)

O diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Dr. Nunes, contou mais detalhes sobre o exame de insanidade mental de Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, padrasto acusado de envenenar, juntamente com a companheira Maria dos Aflitos, várias pessoas de uma mesma família. Sete pessoas morreram.

O médico legista explicou que o serviço é feito em Piripiri, Campo Maior e em Teresina, mas, devido à complexidade do caso, ele foi encaminhado para a capital. Foram entrevistadas duas enteadas, a companheira de Francisco, Maria dos Aflitos, um irmão, além do próprio acusado.

Francisco de Assis e Maria dos Aflitos (Foto: TV Clube)

“Foi alegado pela defesa que haveria uma insanidade mental. O juiz ouviu o Ministério Público, que se manifestou favoravelmente, e foi determinado que fosse feito esse exame. A gente fez aqui no Instituto de Medicina Legal (IML).”

O médico legista também explicou que o prazo de entrega deste exame é de 45 dias, mas, por Francisco já estar preso, o resultado será divulgado com antecedência.

“Se ele for imputável, significa que vai responder normalmente. Se ele é semi-imputável, que é o meio termo, ou se ele é inimputável, nesse caso não, ele não vai responder normalmente. São essas as três situações e temos 45 dias para dar essa informação, mas vai ser bem antes.”

Caso seja constatada a insanidade mental, o juiz poderá enviar o acusado para um abrigo de segurança, como um manicômio judiciário, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) ou determinar sua internação por um certo período.

Como funciona a análise

O médico legista também detalhou como o procedimento de sanidade mental geralmente é feito no IML. A análise busca saber como o acusado era na escola ou se sofreu algum tipo de abuso durante a vida.

“A gente quer saber como foi a infância, a adolescência, a idade adulta. Como era tratado. Se agrediu alguém ou foi agredido. Se era incendiário, se maltratava animais. São muitas coisas”, contou.

As pessoas ouvidas relatam como ele era em casa e se tinha alguma doença mental, como ouvir vozes ou enxergar coisas que não existem, além de delírios.

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