A incidência de temporais pode causar diversos transtornos para moradores de grandes cidades. Com a chegada do período chuvoso, é comum que regiões metropolitanas registrem alagamentos de forma recorrente. Esses eventos podem propiciar o acarretamento de doenças como leptospirose, diarreias, hepatites A e E, tétano e dengue.
Diante desses fatos, a Secretaria de Estado de Saúde alerta a população e as secretarias municipais de Saúde sobre os perigos e a necessidade de prevenção, monitoramento e tratamento das enfermidades relacionadas aos alagamentos.
Conforme a Secretaria, é comum o aumento de casos dessas doenças, em média duas semanas após as tempestades. Por isso, é recomendável ficar atento a sintomas como febre alta, calafrios, dor no corpo e diarreia, e procurar de imediato uma unidade de saúde para que as doenças sejam identificadas.
Leptospirose, diarreia e hepatites
Os períodos de enchente trazem consigo um risco elevado de contaminação de doenças, uma delas é leptospirose, que pode ser transmitida pela água da chuva ou pela lama contaminadas com a bactéria presente na urina e nas fezes de ratos, quando entram em contato com a mucosa ou feridas na pele. Os sintomas são: febre alta, calafrios, dores musculares e icterícia (pele amarela).
“Por isso, deve-se evitar entrar em contato com a água. Caso seja inevitável, deve-se usar botas e luvas, ou sacos plásticos amarrados para proteger os pés e as mãos”, recomenda a secretaria.
Segundo o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a leptospirose precisa de atenção médica, porque provoca hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e crises respiratórias.
Além disso, outro risco é consumir água contaminada, causando diarreia e hepatites. Para evitar essas doenças, o recomendável é filtrar e ferver a água antes do consumo para eliminar bactérias, vírus e parasitas. Os sintomas da hepatite A são: cansaço, febre, tontura e sensação de mal-estar que podem durar várias semanas.
Tétano e dengue
De acordo com Bio-Manguinhos, a possibilidade de transmissão de tétano acidental ocorre por meio de lesões no contato com lixo e destroços durante enchentes ou alagamentos. “A bactéria causadora da doença pode estar presente na pele, fezes, terra, galhos, plantas baixas, água suja e poeira.”
A principal forma de prevenção do tétano é a vacinação, que é gratuita e está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Se o tétano acidental não for tratado corretamente, pode levar a pessoa à morte. “As chances de morrer dependem da idade, do tipo de ferimento, além da presença de outros problemas de saúde, como complicações respiratórias, renais e infecciosas.”
A proliferação do mosquito da dengue também pode ser reforçada pelas chuvas fortes. Além dos cuidados com a limpeza de locais onde podem estar presentes larvas, a população fique atenta aos sintomas da doença: febre alta, manchas vermelhas, dor muscular, dor de cabeça e, no fundo dos olhos e perda de apetite. Quem apresentar esse quadro, deve ir imediatamente a uma unidade de saúde.
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Fonte: Agência Brasil