Após seis anos da tragédia ambiental que deixou duas pessoas mortas e destruiu 63 casas no Parque Rodoviário, zona Sul de Teresina, as vítimas ainda aguardam as reparações prometidas. O caso aconteceu em 4 de abril de 2019, quando uma forte enxurrada, provocada pelas chuvas intensas, atingiu a região.

Em 2024, a Prefeitura de Teresina entregou 44 novas residências às famílias afetadas. No entanto, segundo os moradores, a promessa era de 63 casas — ou seja, ainda faltam 19 unidades a serem construídas.

“Disseram que iam entregar, e a gente fica esperando. Essa espera já tem mais de um ano”, afirmou o autônomo Ruanderson Gomes, morador do bairro.

“Não tem opção, não tenho para onde ir. Tenho que ficar aqui mesmo”, disse Maria Vitória, outra moradora do Parque Rodoviário.

O pintor Carlos Alberto, que está na lista para receber uma das 19 casas restantes, contou que vive atualmente em um terreno que, segundo os moradores, pertence ao Exército Brasileiro.

“Só prometem e nunca resolvem nada. Já era para a gente estar na casa nova. Não temos onde morar, não temos condição de pagar aluguel, então somos obrigados a ficar nessa situação”, relatou.

O líder comunitário Henrique Carneiro explicou que apenas as vítimas diretas da tragédia receberam novas moradias, enquanto as famílias que vivem em áreas de risco continuam desassistidas.

“Algumas dessas famílias não estão recebendo o aluguel solidário. Permanecem no local porque não têm informação sobre quando as obras vão começar. Estamos pedindo uma resposta da Prefeitura sobre quando esse trabalho vai ser iniciado”, cobrou.

A Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Sul informou que o contrato da obra venceu e que uma nova licitação está sendo realizada para dar continuidade à construção das casas.

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