O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) está investigando duas mortes de pacientes do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e irá instaurar procedimento administrativo, após denúncias realizadas por familiares de Júlio Cesar Costa e colaboradores da unidade de saúde.
O homem de 35 anos morreu no dia 07 de março, com infecção generalizada, depois de ficar dez dias internado no local. À Tv Clube, a irmã do paciente falou sobre a falta de ar-condicionado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde Júlio estava internado, além da ausência de medicamentos no HUT. A mulher revelou que a família comprou morfina para o irmão, em seus últimos dias de vida.
Uma médica intensivista do Hospital discorreu sobre o caso, afirmando que a oferta do medicamento foi determinante para o óbito. “Todas as possibilidades dele dependeriam de ele ter feito essa medicação em tempo hábil. O que a gente conhece de boa prática médica nos diz que: -‘oferecer a você o antibiótico na primeira hora da sua internação aumenta a sua sobrevivência em 90%’, então a gente acredita que fez falta para ele”, pondera.
A profissional de saúde e a irmã de Júlio César preferiram não se identificar. De acordo com presidente do CRM-PI, João Araújo Moura Fé, um procedimento administrativo para apurar os casos será instaurado. O gestor diz que, até o momento, as informações sobre cada paciente continuam sendo levantadas, no entanto, as particularidades de cada óbito já são de conhecimento do CRM-PI. “As instituições estão sendo averiguadas. Tudo isso está sendo averiguado para ver o máximo de causalidade entre a morte e a ausência do antibiótico”, diz.
Segundo caso
Além da morte de Júlio Cesar, é averiguado outro óbito no HUT. O falecimento teria ocorrido em decorrência de um AVC. A identidade da vítima ainda não foi divulgada. “Nesse outro caso, o AVC grave é admitido na UTI do HUT, que tinha o prognóstico ruim”, fala o presidente do CRM-PI, João Araújo Moura Fé,
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