Mais um mandante do assassinato da jovem Silvana Rodrigues de Sousa, de 21 anos, foi preso nesta manhã de terça-feira (9) na Vila da Guia, zona Sudeste de Teresina.
Além dele, uma mulher responsável pelo imóvel onde o crime aconteceu, também na Vila da Guia, foi presa. Os presos foram identificados apenas como Josenilton e Maria de Fátima. Sobre a mulher, não há detalhes da participação.
O corpo de Silvana foi encontrado no dia 25 de junho de 2024 em um matagal na mesma região. Ele estava esquartejado, separado em sacos, e enterrado em uma cova rasa. O homicídio aconteceu no dia 23 de junho, em uma casa usada como “ponto de consumo de drogas”.
O Portal ClubeNews apurou que a casa pertence originalmente a uma mulher que já morreu. O imóvel foi repassado ao filho, que está recluso no sistema prisional. O local estaria abandonado e usado para uso de drogas, mas estaria sob responsabilidade da mulher do filho da dona.
Os mandantes do crime acreditavam que Silvana estaria repassando informações da Vila da Guia para uma facção rival. A vítima não teria envolvimento com facções, mas chegou a se relacionar com algumas pessoas faccionadas. Mais detalhes abaixo.
PRISÕES
O delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), relatou que o homem preso hoje (09/07) decidiu – juntamente com a Maria Clara Sousa – pelo assassinato da vítima, que aconteceu no dia 23 de junho de 2024.
Maria Clara foi presa na manhã de segunda-feira (8/07) também na Vila da Guia, onde reside. Ela possui passagens por tráfico de drogas e receptação. Maria Clara foi identificada, por meio deu uma fotografia, tirada no momento ao lado do corpo, no qual mostra sua tatuagem na perna.
Já o investigado tem passagens pela polícia por tráfico de drogas e homicídio, e mora próximo ao imóvel que a mulher foi morta e esquartejada.
“Os dois decidem de forma conjunta pela sentença (de morte da Silvana). E ele também de definiu o destino que o corpo dela iria tomar, apontando o local onde ela fosse enterrada”, disse o delegado.
O CRIME E A MOTIVAÇÃO
As investigações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que a Silvava morava em uma região próximo à Vila da Guia e constantemente frequentava locais onde se vendiam entorpecentes. A vítima não era membro de uma facção, mas passou a se relacionar com uma pessoa de uma facção rival dos suspeitos do homicídio.
“Ocorre que, por um instante, ela começa a se relacionar com um rapaz da Zona Norte, onde se atua uma facção rival. Diante desse relacionamento, as pessoas envolvidas no crime na Vila da Guia começaram a desconfiar que ela estava servindo como ‘olheira’ do grupo rival, apontando as fragilidades da região”, explicou o delegado Bruno Ursulino, que comanda a investigação.
Durante o “tribunal do crime”, os mandantes e executores conseguiram a confissão de Silvana sobre se envolver com uma pessoa da facção rival, mas não que repassava informações da região da Vila da Guia.
“Nessa desconfiança, armaram toda a atrocidade contra a Silvana, onde a Maria Clara inventou que teria um programa para ela fazer e a atraiu, no domingo, para dentro da casa (onde o crime aconteceu). Eles conseguiram a confissão da Silvana de que se envolvia com uma pessoa, não a confissão de que estava passando informações, diz o delegado.
O delegado ressalta que somente o fato do simples envolvimento foi determinante para Silvana ser inicialmente enforcada e depois ser esquartejada. As partes do corpo foram colocados em sacos plástico e enterradas em uma cova rasa, na mesma região onde vítima e suspeitos moravam.
“O mero envolvimento já foi suficiente para fazerem todo o ‘julgamento dela’. Na casa, ela foi enforcada com uma corda, o que tirou a vida dela. Depois desse enforcamento, eles tiveram a ideia de fazer o esquartejamento dela para tornar mais fácil a questão da ocultação do cadáver”, acrescentou o delegado.
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