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O ovo está mais caro. Em 15 dias o preço do produto apresentou um crescimento de quase 40%. Entre os fatores apontados como motivo para a alta, estão os custos de produção e o aumento da demanda.
Conforme a economista Elline Val, o preço cresceu em virtude de diversos fatores, incluindo o aumento no preço dos combustíveis.
“Nós tivemos um aumento no custo da ração das galinhas, como efeito do custo do frete, devido à alta no preço dos combustíveis. Também influenciou, o aumento da demanda pelo ovo, como consequência no aumento do valor de outras proteínas, como a carne bovina. Assim, como houve um aumento da demanda externa”, explicou.
Para a empreendedora Márcia Mesquita, que consome oito ovos na rotina diária, o momento é de reorganizar a dieta e incluir alimentos que possam substituir o produto em algumas refeições.
“Antes o ovo era uma proteína mais barata, mas hoje em dia esse valor tem subido cada vez mais. Vou tentar manter o equilíbrio, agora vou ter que voltar para o frango. Tem que alternar as proteínas para não enjoar”, comentou.
Segundo o gerente administrativo Geisel Carneiro, que trabalha em uma granja, os proprietários tentam não repassar esse aumento para os clientes.
“O preço do ovo está subindo desde a primeira quinzena de janeiro. Esse aumento já esperado para começo do ano, com a proximidade da quaresma. Então nós temos segurado nossa margem, para tentar diminuir esse impacto ao consumidor final. Infelizmente, creio que vai aumentar mais ainda” comentou.
Associação estima que preço vai normalizar após a quaresma
Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) o aumento no valor do produto é comum ao período que antecede a quaresma. Segundo a associação, “a comercialização de ovos aqueceu pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos”.
Ainda segundo a ABPA, as mudanças climáticas, com a elevação das temperaturas, tem afetado a produtividade das aves, refletindo na oferta de ovos.
A associação acrescenta que apesar dos fatores, o preço “deverá se normalizar até o final do período da quaresma, com o restabelecimento dos patamares de consumo das diversas proteínas”.
*Estagiário sob a supervisão da jornalista Malu Barreto
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