Entenda a conexão entre o Domingo de Ramos e a Quarta-feira de Cinzas

As datas fazem parte do calendário quaresmal da Igreja Católica.

Procissão do Domingo de Ramos (Foto: TV Clube)

A celebração do Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, comemorado neste dia 13 de abril, está diretamente ligada à missa da Quarta-feira de Cinzas. As datas fazem parte do calendário quaresmal da Igreja Católica.

A conexão entre as duas datas acontece por meio dos ramos de palmeiras, guardados do domingo para uso na Quarta-feira de Cinzas do ano seguinte. Após um ano, os ramos serão queimados e as cinzas impostas na testa dos fiéis.

O padre Isaías Pereira, mestrando em Teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana (PUG), em Roma (ITA), explicou que o ato de guardar os ramos simboliza a instituição de um compromisso do fiel com Deus.

“Ao queimar os ramos para utilizá-los na quarta-feira de cinzas, a Igreja nos lembra: para que Cristo reine em nossas vidas, não bastam apenas palavras, é necessário passar um profundo processo de conversão, deixando que morram as antigas atitudes que nos afastam de Deus para que nasça uma criatura nova”, disse.

Procissão do Domingo de Ramos (Foto: TV Clube)

Missa de Ramos

A celebração do Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa e representa a entrada triunfante de Jesus na cidade de Jerusalém. Atualmente, os fiéis católicos realizam procissões, entoando músicas, como “Hosana ao filho de Davi”.

“Os primeiros relatos da procissão de Ramos remetem à Igreja Primitiva. Pelo menos desde o século IV, em Jerusalém, os fiéis realizavam esta procissão partindo do Monte das Oliveiras até a cidade. No trajeto, recitavam salmos, leituras e portavam ramos nas mãos”, explicou o padre.

Modo de armazenar

Tradicionalmente, os fiéis levam as ramagens de volta para casa, fixando em portas ou janelas. No entanto, de acordo com o padre Isaías Pereira, o objeto não deve ser usado como amuleto.

O ideal é que após a celebração de ramos, o fiel o guarde não para utilizá-lo como um amuleto, mas como um sinal de compromisso. Deve colocá-lo em um local visível para que sempre que vê-lo, se lembre de que o único rei da sua vida deve ser Jesus Cristo, e que esse rei não aceita dividir seu trono com os ‘reis’ deste mundo”, declarou.

Preparação das cinzas

O processo para queimar os ramos não tem uma liturgia própria. Dias antes da celebração, os fiéis são convocados a levar as ramagens às igrejas para que sejam incineradas.

“Geralmente o próprio padre, o sacristão ou algum outro fiel faz o processo de incineração.  Durante a missa, as cinzas são abençoadas e colocadas na cabeça dos fiéis enquanto o ministro diz as palavras: ‘convertei-vos e crede no Evangelho’”, destacou.

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