Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), divulgados em 2024, apontam que as doenças cardiovasculares matam 400 mil brasileiros todos os anos e que exames preventivos evitariam 80% dos casos. Na prática de atividades físicas, a realização de exames é recomendada porque o coração necessita bater mais para bombear sangue aos músculos.
O engenheiro, Francisco Filho, é praticante de crossfit há três anos e, no mesmo período, começou a praticar a corrida de rua. No entanto, ele não descuida da atenção com o coração e realiza exames.
“Eu costumo fazer exames para verificar a saúde do meu coração, independente de competição ou não. Considero importante, especialmente no meu caso que pratico esportes de alta intensidade, reservar esse tempinho para sempre acompanhar como que está a saúde”, explicou.
Orientação profissional
A Joana D’Arc é educadora física e orienta alunas em aulas de dança e treino funcional. A profissional explicou que busca fazer anamnese, conversa entre alunos e profissionais da saúde, antes dos treinos.
“O que observamos é que a maioria das alunas, quando chega pela primeira vez, são sedentárias ou vem procurar atividade física por orientações médicas. Então, nós profissionais da saúde, fazemos anamnese e instruímos fazer exames de rotina. Esses exames, especialmente cardiológicos, são importantes para prevenir problemas cardiovasculares, como infarto, arritmias, hipertensão e insuficiência cardíaca”, orientou.
Ao Portal ClubeNews, o cardiologista Marcelo Martins explicou que é importante buscar um profissional, para que seja feita uma avaliação adequada da condição física antes do início da atividade. Além disso, reforçou que não existe uma fórmula pronta que se aplique a todas as pessoas de uma maneira geral.
“Antes do início de qualquer atividade física, seja ela atividade competitiva ou não, sempre é bom ter uma avaliação geral do estado de saúde. Do ponto de vista cardiovascular, os exames necessários variam muito conforme a faixa etária dos pacientes e segundo os fatores de risco que esses pacientes possam ter. Então, por exemplo, um paciente mais idoso, diabético tem uma necessidade de exames muito mais ampla do que uma pessoa mais jovem que não tem diabetes e que não tem nenhuma outra comorbidade”, explicou.
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