Os familiares e amigos de Cândido Constâncio protestaram em frente ao comércio em que ele foi morto, vítima de bala perdida, no Residencial Dilma Rousseff, na região da Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina. Três policiais militares, sendo um da reserva (que estaria sem farda), são suspeitos de atirarem contra o auxiliar de comércio durante uma perseguição policial no dia 28 de setembro de 2021. Os policiais já se apresentaram à polícia.
As testemunham e familiares deram detalhes sobre o crime. Cândido e outras pessoas conversavam na porta do mercadinho em que ele trabalhava quando foram surpreendidos pela perseguição policial. O alvo dos policiais passou correndo entre as pessoas. Nessa hora, os policiais atiram. Cândido sofre o tiro e fica caído no local. Câmeras de segurança registraram o momento.
“Chegou uma terceira pessoa sem farda. Quando essa terceira pessoa chegou, o rapaz que estava sentado no chão pegou e correu. Quando correu, esse indivíduo que estava sem farda foi que começou a atirar primeiro. Não foram os policiais fardado não”, disse uma das testemunhas.
Na ocorrência, as imagens mostram dois policiais fardados e um homem sem farda. “A primeira reação deles não foi nem se preocupar com a vítima que estava morta. A primeira preocupação dele foi em se livrar da terceira pessoa não fardada e recolher as cápsulas das balas que eles tinham disparado. A preocupação deles foi recolher as provas do crime que eles fizeram”.
Amigos da vítima cobram por assistência à família de Constâncio. “O que a gente pede às autoridades, à Corporação, era que eles pelo menos fossem visitar a família, saber se estão precisando de alguma coisa. Ninguém foi lá”, diz o comerciante Reginaldo Lima.
O pai da vítima, que prefere não se identificar por medo, reforça o pedido de justiça. “Nós estamos pedindo justiça porque se nós não temos justiça nós estamos acabados”.
Corregedoria
Dois dos três militares envolvidos já se apresentaram à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí e entregaram as armas. O exame de balística deverá comprovar de qual arma partiu o tiro que matou o auxiliar.
O advogado defesa de um dos envolvidos falou sobre a ocorrência.
“Houve três disparos entre os criminosos. Os criminosos quando correm disparando contra eles. O cabo realmente confessa que disparou um único disparo. Agora, você sabe, esse tipo de coisa gera uma tensão muito grande. Ele não sabe quantos disparos o colega dele fez. Eles não conseguem prender o elemento que se evadiu; eles retornam, percebem a movimentação, se dirigem até a pessoa e tentam reanimar”, diz advogado Marcos Vinícios Brito.
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Fonte: TV Clube