Malu Barreto
malubarreto@tvclube.com.br
A noite desta terça-feira (05) terminou sem nenhuma definição sobre a situação do transporte público em Teresina. De acordo com a advogada do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Nayara Moraes, os empresários e a Prefeitura de Teresina ainda não chegaram em um acordo sobre a circulação dos ônibus na cidade.
Em entrevista ao jornal PI TV 2ªEdição , da TV Clube, a advogada reafirmou o interesse do Setut em resolver o impasse, mas não pode se comprometer com a Prefeitura de Teresina de que não haverá mais greve.
“Os empresários estão dispostos a resolver, mas eles não têm como se responsabilizarem por uma situação que não depende deles. Os empregados possuem direito legítimo de greve, se o sistema paralisa em virtude dos empregados, não tem como os empresários se responsabilizarem e ainda serem penalizados por isso”, disse.
A advogada ressaltou que “o empresário não pode, para receber um dinheiro que lhe é devido, assumir que o sistema não vai parar. Então, o empresário não pode assinar um acordo que ele não tem como cumprir”, disse.
Confira na íntegra a nota divulgada pelo Setut
“O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), através do Consórcio SITT, informa que tem realizado diversas reuniões buscando entendimento com o Ente Municipal, a fim de encaminhar soluções para o transporte público de Teresina. Infelizmente, até o momento, não foi possível ter êxito nas negociações para construção de uma minuta que contemplasse questões de consenso entre as partes.
Os empresários do setor continuam à disposição e abertos à negociação, tendo encaminhado de maneira clara quais os itens objetos de questionamentos referentes à última minuta alterada pelo Município. Os empresários reafirmam que não podem firmar acordos que não têm condições de cumprir, especialmente no tocante a direito dos trabalhadores, pois isso deve ser preservado.
O SETUT reitera que a minuta construída sob critérios técnicos acordada entre os 10 empresários com o secretário de planejamento João Henrique Sousa era plausível, mas de maneira contumaz, a Prefeitura de Teresina surpreende a cada nova minuta, com novas considerações e isso tem prejudicado o acordo e efetiva solução para as questões do sistema de transporte da cidade.”
Motoristas e cobradores paralisaram atividades
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) informou que os motoristas estão recebendo por dia de trabalho, chegando a R$ 70. Já os cobradores têm o valor reduzido, com diária de até R$ 40.
“Esse protesto é pelo retorno da dignidade. Estamos há dois anos sem convenção, recebendo diárias. Cerca de 60% da categoria foi demitida desde o início da crise do transporte público, que iniciou em maio de 2019”, declarou o presidente do Sintetro, Ajuri Dias.
Muitos trabalhadores já chegaram a receber menos de um salário mínimo por mês, que, atualmente, está em R$1.100. Alguns motoristas e cobradores recebem a ajuda de familiares para conseguir pagar contas básicas, como a de supermercado, água e luz. O sindicato já denunciou que alguns trabalhadores chegaram a receber salário mensal inferior a R$ 500.
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