Inspeção do MPPI encontra galeria que despeja esgoto no Rio Poti

Visitas eram para fiscalizar cumprimento de acordo para conter aguapés

Foto: divulgação MPPI

Representantes do Ministério Público do Piauí visitaram pontos às margens do Rio Poti, em Teresina, para verificar o cumprimento de acordo judicial sobre a adoção de medidas imediatas contra a proliferação dos aguapés. A fiscalização foi realizada nesta sexta-feira (22) com auxílio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA).

Durante a inspeção, outros problemas também foram encontrados, como uma galeria próxima à ponte Juscelino Kubitschek que deveria ser usada apenas para o escoamento de água de chuva, mas que está sendo utilizada para despejar água de esgoto no rio.

Cerca de seis pontos foram vistoriados com a presença dos representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMDUH): o engenheiro Abib Tajra e com o fiscal Evandro Assunção. A promotora de Justiça Carmelina Moura e Derivaldo Brandão, contratado pela CTA para fazer a limpeza, também acompanharam as visitas.

Segundo a coordenadora do CAOMA, Áurea Madruga, em situações como essas, que envolvem o meio ambiente e a preservação dele, se faz necessário a verificação no local. “Precisamos verificar e conhecer a realidade para se buscar soluções como um cronograma de tratamento quanto aos aguapés, para que o rio não sofra tamanha poluição”, completa Áurea Madruga.

O trabalho que está sendo executado pela Secretaria do Meio Ambiente de Teresina é para que os aguapés não fiquem concentrados. “Três equipes trabalham todos os dias espalhando os aguapés e para que não se acumulem de uma margem a outra”, explica Derivaldo. Quando iniciaram a limpeza, tinha aproximadamente 800 mil metros quadrado de aguapés no rio.

“Da Ponte Juscelino Kubitschek até o Encontro dos Rios existem vários pontos de estrangulamento da vazão do rio, seja por conta de pedras, seja por outros equipamentos. Estamos monitorando para que os aguapés não se acumulem nesses pontos. De lá para cá, temos equipes distribuídas que monitoram, segundo Abib Tajra.

Sobre o assunto, em setembro houve duas audiências na Justiça Federal, com a participação de autoridades para definir providências estruturais sobre o esgotamento sanitário na região do Rio Poti e ações emergenciais para a retirada dos aguapés.

“Visitamos vários pontos acompanhando esse trabalho da Semduh e que está tendo efeito. Estamos acompanhando também a ação que tramita na Justiça Federal acerca da retirada desses aguapés e trata também de soluções para evitar esgotos e dejetos no Rio. O Ministério Público está atento, fiscalizando e acompanhando essa situação”, afirma a promotora de Justiça Carmelina Moura.

As promotoras também visitaram o Parque Lagoas do Norte onde havia uma equipe realizando a limpeza de aguapés de lagoa. O material retirado é triturado e depois passa pelo processo de compostagem e é doado para hortas comunitárias.

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Fonte: MPPI


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