Vice-presidente do Cosems-PI denuncia falta de seringas e agulhas para vacinação

Segundo Leopoldina Cipriano, vice-presidente do Cosems-PI, alguns municípios do Piauí podem ter a campanha de vacinação comprometida devido à falta de insumos.

Vice-presidente do Cosems-PI afirma que falta de agulhas e seringas pode comprometer vacinação. (Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

Kelvyn Coutinho
kelvyn@tvclube.com.br

A vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI), Leopoldina Cipriano, informou que a campanha de vacinação contra a Covid-19 em alguns municípios está comprometida devido à falta de seringas e agulhas para aplicação das vacinas.

Segundo Leopoldina, os municípios estão tendo que fazer a aquisição dos insumos por fora para não interromperem a imunização da população.

“Falta seringa, falta agulha. Os municípios estão tendo que fazer a aquisição, então agora a gente quer primeiro que a certeza que teremos os insumos dentro do nosso município e também a logística, que é responsabilidade do Estado, para que a gente possa estar fazendo a campanha de vacinação com mais segurança. A gente precisa ter vacina e ter seringa”, comentou a vice-presidente do Cosems.

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da dose de reforço contra Covid-19 para toda a população adulta. De acordo com a orientação expedida pelo órgão, para estar apto a tomar a dose de reforço, além de ter mais de 18 anos, é necessário que a 2ª dose do imunizante tenha sido administrada há pelo menos cinco meses.

No Piauí, após o anúncio do Ministério da Saúde, o secretário estadual da Saúde, Florentino Neto, afirmou que o Estado pode iniciar a vacinação com a terceira dose em indivíduos acima de 18 anos de idade na próxima segunda-feira (22). O secretário declarou que a orientação a ser seguida pelos municípios piauienses é de que a aplicação da dose de reforço na população seja feita por meio de agendamento.

Leopoldina Cipriano afirmou que, apesar das declarações de Florentino, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ainda não discutiu a questão com os municípios.

“Nós não discutimos com o Estado essa possibilidade, então, por enquanto, o Cosems vai estar orientando os gestores que devem procurar a 2ª dose e a dose de reforço dos pacientes imunodeprimidos, os idosos acima de 60 anos e os profissionais de saúde. Quando as vacinas forem chegando aos municípios, que a gente notar que temos segurança para convocar a população, a gente vai chamando essa população que está no momento de tomar essa 3ª dose”, disse Leopoldina.

Segunda dose

Um problema enfrentado pelo Piauí é o grande número de pessoas que não retornaram para tomar a 2ª dose da vacina. Segundo a Sesapi, mais de 214 mil pessoas já podem completar a imunização e ainda não retornaram aos postos de saúde.

Questionada sobre como os municípios estão atuando para diminuir esse número, Leopoldina Cipriano afirmou que uma série de medidas estão sendo pensadas, incluindo a visita de agentes comunitários aos domicílios para fazer a conscientização de pessoas a tomar a 2ª dose.

“Na verdade, nós estamos orientando aos municípios a chamar os agentes comunitários de saúde e ir de domicílio em domicílio, se certificando no cartão se aqueles usuários tomaram ou não a vacina, a 2ª dose. Se não tiver tomado a 2ª dose, a gente mobiliza essa pessoa para que ela possa comparecer à UBS mais próxima para estar tomando essa vacina”, comentou.

“As pessoas se dispersam na crença de que a 1ª dose já é suficiente para a imunização, quando a gente vê que não é. Nós temos casos de pessoas que tomaram até a dose de reforço e mesmo assim foram contaminados pelo coronavírus”, disse a representante do Cosems-PI.

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