Kelvyn Coutinho*
kelvyn@tvclube.com.br
Após a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) emitir uma nova ordem de serviço determinando aos consórcios e as empresas que operam o transporte público coletivo de Teresina um aumento na frota de 250 ônibus na totalidade, distribuídas em todas as zonas da cidade, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) se posicionou afirmando que não existe possibilidade de cumprir a determinação do órgão municipal.
Segundo o Setut, a atual demanda de passageiros não justifica a circulação de 250 ônibus na capital, citando ainda que para ocorrer o aumento da frota é de extrema necessidade a disponibilidade financeira da Prefeitura de Teresina em arcar, antecipadamente, com o aumento dos custos operacionais decorrentes.
“Além disso, o documento apresenta gráficos e estudos técnicos onde comprovam que a atual quantidade de veículos ofertados está maior do que a demanda transportada. A entidade informou também que o pedido de acréscimo de 25% na quantidade de veículos na frota operante, não está acompanhada dos devidos e necessários estudos técnicos que comprovem tal necessidade”, mencionou o sindicato em nota.
Confira a nota do Setut na íntegra:
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), através do Consórcio SITT, informa que enviou ainda nessa semana, ofício para a Strans tratando sobre a Ordem de Serviço determinada pelo órgão municipal. O Sindicato informou da impossibilidade de aumentar a frota de ônibus, uma vez que a demanda atual transportada não justifica a colocação dos 250 ônibus operantes, e cita ser extremamente necessária a disponibilidade financeira do órgão gestor em arcar, antecipadamente, com o aumento dos custos operacionais decorrentes.
Além disso, o documento apresenta gráficos e estudos técnicos onde comprovam que a atual quantidade de veículos ofertados está maior do que a demanda transportada. A entidade informou também que o pedido de acréscimo de 25% na quantidade de veículos na frota operante, não está acompanhada dos devidos e necessários estudos técnicos que comprovem tal necessidade.
O SETUT reiterou que se a STRANS der as garantias necessárias para que sejam arcados esses custos extras, antecipadamente pelo órgão gestor, certamente serão realizados os acréscimos solicitados.
O que diz a Strans
Para justificar a ordem de serviço solicitando o aumento da frota, o gerente de Planejamento de Transportes da Strans, Felipe Leal, explicou que no momento 200 ônibus circulam em Teresina, sendo 95% da frota determinada em circulação, mas o órgão identificou a necessidade de um aumento e ampliação da ordem de serviço.
“Em um mês verificamos que de acordo com os dados analisados que a demanda de passageiros na capital aumentou em 200 mil. Foi levada em consideração a demanda de passageiros. No meio de outubro a gente estava com um total de 1,3 milhão de passageiros. Já no mês de novembro subiu para 1,5 milhão. Percebemos que o passageiro está voltando ao sistema. E por isso também foi levada em consideração a lotação e tempo de espera dos passageiros nas paradas”, disse o gerente.
Felipe Leal destacou ainda que, além da fiscalização feita nas praças, nas paradas, nas garagens pelos agentes de fiscalização do transporte público, a Strans vai monitorar o cumprimento da ordem de serviço por meio do sistema de bilhetagem eletrônica. “A empresa que não cumprir a determinação, após o período de cinco dias úteis, deve ser notificada, e após a notificação, pode ser aplicada multa”, esclareceu o gerente.
O representante da Strans comentou ainda sobre a bilhetagem eletrônica, que será operacionalizada pela Prefeitura. Até o momento o sistema ainda é administrado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut).
“A previsão é que até fevereiro a operação do sistema de bilhetagem seja assumida pela Prefeitura de Teresina, por meio da Strans, para garantir maior fiscalização, transparência e controle operacional. Estamos em processo de transição, e uma Comissão Especial foi criada em outubro deste ano para fazer a transição”, esclarece Felipe Leal.
*Sob supervisão da jornalista Malu Barreto.
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