A rede 5G é a quinta geração das redes móveis e sua chegada em Teresina completou um mês no último dia 19, mas para os usuários que utilizam a internet móvel as diferenças não foram ainda tão significativas e chega a não pegar em muitos bairros da capital.

Atualmente é fácil encontrar quem use celular e esteja em contato com as redes sociais por meio da internet, só não é tão fácil achar quem já tenha experimentado a velocidade 5G. Para os especialistas, conseguir utilizar a rede em sua velocidade total vai demorar para acontecer, pois a tecnologia é cara e as operadoras ainda disponibilizam a rede em equipamentos 4G.

“Para a mudança dessa tecnologia as operadoras de telefonia ou de dispositivos móveis vão ter um investimento muito grande. Por conta disso, acho que vai acabar sendo um tanto mais lenta do que esperávamos. Em grande parte do território brasileiro, não temos um aparelho que sirva para essa tecnologia 5G”, revela o analista de sistemas Edimar Furtado.

Para o jornalismo, estar conectado com a internet é essencial. Maria Cardoso já notou a melhoria das conexões com a chegada da nova tecnologia. Apesar de ser notada em poucos bairros da cidade, ela comenta que a rede pode melhorar ainda mais no seu ambiente de trabalho.

“Com a chegada do 5G aqui no Piauí, em Teresina, pude perceber uma grande melhora, principalmente com carregamento de vídeo, envio de mensagens do WhatsApp, ligações, além de me auxiliar bastante no serviço. O contato com os entrevistados ficou bem mais fácil, com uma qualidade bem melhor e acredito que foi algo que veio para somar, tanto no meu âmbito profissional quanto no pessoal”, destaca.

A promessa da nova rede é de que ela garanta mais velocidade para baixar e enviar arquivos, reduzindo o tempo de resposta entre diferentes dispositivos e tornando as conexões mais estáveis.

Na prática, o jornalista Kryssyno Oliveira ainda está  insatisfeito com o sistema. Para trabalhar e também jogar nas horas vagas ele usa a internet do apartamento, mas quando tem que sair de casa, não consegue acessar o 5G no próprio bairro onde mora.

“A rede ainda não chegou em todos os cantos, no meu bairro também não. Se eu chegar em uma zona que tem 5G automaticamente meu celular já muda de 4 para 5. Se eu saio, volto para 4. O ideal era continuar em todos os bairros normalmente”, analisa.

Edimar Furtado reforça que vai demorar um pouco para que o teresinense experimentar o 5G puro. “É grande a expectativa para que isso chegue, para sentir essa diferença na conexão”, finaliza.

Além de não ter cobertura disponível em todas as regiões, a tecnologia vai funcionar apenas em celulares mais recentes. Mais de 80 celulares são compatíveis com 5G e têm a autorização para serem vendidos no Brasil. Só aparelhos homologados podem ser usados no país.

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