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Muitas pessoas precisam interromper o hábito de “paternar” seus pais. Embora seja compreensível que isso seja difícil, especialmente quando é um comportamento que se manteve durante toda a vida, romper com esse padrão é essencial para o bem-estar emocional.
Crianças que foram parentificadas — ou seja, que assumiram responsabilidades adultas cedo demais — não deixam esse papel automaticamente ao chegarem à idade adulta. Por isso, acabam sentindo a obrigação de ser a parte mais madura na relação com os pais, o que pode ser exaustivo e emocionalmente desgastante.
Frequentemente, esses adultos andam em “patas de ovos” para evitar que os pais tenham colapsos emocionais, assumindo uma dinâmica similar à de cuidar de uma criança pequena que requer atenção constante.
Embora seja natural que filhos adultos assumam mais responsabilidades à medida que seus pais envelhecem ou enfrentam problemas de saúde, esse cuidado só deve ser considerado saudável se a relação for recíproca e equilibrada. Quando existe amor e respeito mútuos, esse apoio pode ser enriquecedor para ambas as partes.
Entretanto, muitos percebem que têm “paternado” seus pais há décadas, carregando o peso emocional e prático da relação desde a infância. Eles são aqueles que escolhem as palavras com extremo cuidado para evitar conflitos, assumem todas as responsabilidades e passam a vida se preocupando com os pais. Essa inversão de papéis, que deveria ser temporária em casos específicos, torna-se um padrão que sufoca a autonomia de ambos.
Reconhecer que essa dinâmica é prejudicial é o primeiro passo para mudança. Parar de “paternar” os pais não significa negligenciá-los, mas sim estabelecer limites claros que promovam um relacionamento mais equilibrado e saudável.
Para muitos, esse processo pode exigir o apoio de profissionais, como terapeutas, que ajudam a navegar essa transição e a reconstruir a relação de forma mais saudável. Afinal, cuidar dos pais deve ser um ato de amor, e não de exaustão emocional.
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