Suspeito de envenenar família fingiu comer alimento envenenado em Parnaíba

Quatro pessoas da mesma família morrerando, sendo uma mãe

Polícia apreende baú de suspeito de matar família envenenada (Foto: Felipe Cruz)

Carlienne Carpaso e Felipe Cruz (TV Clube)
carliene@tvclube.com.br

A Polícia Civil do Piauí apontou que o principal suspeito de envenenar a própria família simulou comer o alimento com a substância tóxica para evitar desconfiança na cidade de Parnaíba (PI). Não há detalhes da motivação do crime.

Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, é companheiro de Maria dos Aflitos. Ela não almoçou com a família porque estaria dormindo. Maria é mãe e avó das vítimas.

O principal chegou a ir ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), onde a família ficou internada, com suspeita de intoxicação, mas foi liberado logo após dar entrada, no dia 1º de janeiro de 2025, quando aconteceu o envenenamento coletivo.

Durante o cumprimento dos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, os investigadores apreenderam um baú que pertence ao suspeito. Conforme a investigação, o baú – de madeira na cor azul – tinha alguns alimentos e resquícios de sujeira que serão periciados. O objeto estava na casa da família envenenada.

Já em uma kitnet que seria alugada pelo principal investigado, os policiais encontraram celulares e muitos livros e revistas com conteúdo de ideologia nazista, regime de governo totalitarista, antissemita e eugenista.

“O baú só quem tinha acesso de fato era o principal suspeito. Nós encontramos alimentos fechados e sujeira. Esse baú será encaminhado a Teresina (PI) para perícia. Nessa perícia, vamos identificar resquícios que possa ter sido usado para produzir este envenenamento”, disse o perito criminal, Miguel Araújo.

Francisco de Assis, suspeito de envenenar a família (Foto: TV Clube)

ENVENENAMENTO COLETIVO 

Uma família foi envenenada após consumir arroz com uma substância altamente tóxica, no almoço do dia 1º de janeiro de 2025, na cidade de Parnaíba.

A primeira morte confirmada foi de Manoel Leandro Silva, de 18 anos, no dia 1º de janeiro de 2025. Ele faleceu dentro da ambulância antes de receber atendimento médico no hospital. Manoel é enteado do principal suspeito. 

A segunda vítima foi um bebê de 1 ano e 8 meses. Igno Davi Silva chegou a ficar internado no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), mas morreu no dia 2 de janeiro de 2025, após complicações no quadro de saúde.

No dia 6 de janeiro, Maria Lauane da Silva, de 3 anos, não resistiu ao quadro de envenenamento e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), para onde foi transferida. Ela teve falência múltipla dos órgãos.

Na terça-feira (7), a mãe da Maria Lauane Silva e do Igno Davi Silva também morreu em decorrência do envenenamento. Francisca Maria da Silva é enteada do principal suspeito de colocar o veneno na comida da família. Ela foi sepultada com a filha Maria Lauane.

Outros dois filhos de Francisca Maria também morreram envenenados, mas no ano passado. Em 2023, Francisca Maria perdeu dois filhos, João Miguel Silva, 7 anos, e Ulisses, 8 anos. Eles comeram cajus envenenados com chumbinho, segundo apontou a Polícia Civil do Piauí.

No caso dos irmãos que comeram os cajus, a suspeita de dar o alimento envenenado foi uma vizinha da família. Lucélia Maria da Conceição está presa desde agosto de 2024, quando o caso aconteceu.

 


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