Carlienne Carpaso e Kelvyn Coutinho*
carliene@tvclube.com.br
Levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-PI) aponta que “52,26% das vítimas de Mortes Violentas Intencionais (MVIS) da zona urbana de Teresina concentraram-se em 18 bairros”, de acordo com os Dados Estatísticos Preliminares da Criminalidade em 2021. Os dados foram divulgados nessa semana.
Os 18 bairros que mais registram ocorrências em 2021 foram: Santa Maria da Codipi (18), Angelim (17), Itararé (14), Pedra Mole (14), Centro (9), São Joaquim (9), Lourival Parente (8), Mocambinho (8), Parque Brasil III (8); Promorar (8), Santo Antônio (8), Novo Horizonte (7), Aroeiras (6), Matadouro (6), Parque Ideal (6), São Pedro (6), Água Mineral (5) e Catarina (5).
Os dados de Teresina apontam aumento do número de homicídios e redução no número de latrocínios.
Em 2020, a capital teve 227 homicídios; em 2021, o número subiu para 322 assassinatos; aumento de 16%.
Em relação aos números de latrocínio, foram 21 casos em 2020 e 11 casos em 2021; redução de 47%.
Fonte: SSP-PI
O comandante-geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, afirmou que, com os dados do relatório, será possível para a PM reforçar a atuação nos bairros onde a criminalidade é mais presente em Teresina.
“Teremos mais 1.040 policiais militares incorporados ao nosso contingente ao longo do ano. Teremos aquisição também de motocicletas, onde vamos incrementar o moto patrulhamento. Então, é pegar o que nós temos de melhor para o nosso capital humano, encontrar exatamente esses locais onde a mancha criminal aponta, no caso aqui em Teresina são 18 bairros, e planejar as operações nesses locais”, comentou Lindomar.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, muitos dos crimes violentos registrados na capital têm relação com confrontos de facções criminosas. Segundo o delegado, em levantamento preliminar, foi constatado que cerca de 50% das vítimas de mortes violentas possuíam antecedentes criminais.
“Enfrentamento a essas organizações criminosas que em determinados períodos do ano passado eles se degladiaram. A gente percebe inclusive que muitas vítimas possuem antecedentes criminais. Salvo engano, num levantamento preliminar, quase 50% das vítimas que foram analisadas possuíam algum antecedente criminal. Eu acho que também eu um fato que robustecesse esse entendimento é que houve uma diminuição do número de latrocínios. Então assim, pode-se tirar conclusão de que aquela pessoa que está envolvida no mundo do crime tem uma tendência maior a ser morta, de forma violenta, ser assassinada”, disse o delegado-geral.
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